Ahistória da Nutresa remonta a 1920, quando a Companhia Nacional de Chocolates Cruz Roja – mais tarde rebaptizada como Companhia Nacional de Chocolates S.A. – foi fundada na Colômbia. Com o passar dos anos, e após a sua consolidação no mercado nacional e latino-americano, a empresa mudou o seu nome para Grupo Nutresa. Este nome refere-se a toda a oferta do grupo e reforça a sua ligação com as suas marcas de saúde, nutrição e bem-estar. Actualmente, a empresa opera na Colômbia, Chile, Costa Rica, Guatemala, México, Panamá, Estados Unidos, Venezuela, Equador, El Salvador, Nicarágua, Peru, República Dominicana, Malásia, Filipinas e África do Sul..
Carlos Toro, Gerente de operações da Nutresa México, explica: “nossa visão visa incentivar o progresso e o desenvolvimento para todos. Inspiramo-nos no ser humano e no desenvolvimento sustentável, pelo que utilizamos as capacidades adequadas para reduzir o impacto ambiental e promover a prosperidade das comunidades que o Grupo Nutresa serve”. A empresa monstra seu compromisso ao fazer parte do Índice Dow Jones de Sustentabilidade, que avalia a sustentabilidade de milhares de organizações listadas nas principais bolsas de valores do mundo.
A oferta de chocolate
A empresa tem nove linhas de produtos alimentares, com destaque para os produtos de chocolate. A produção desta oferta doce é efectuada em cinco fábricas: duas na Colômbia, uma no Peru, uma na Costa Rica e uma no México. Esta última fornece mais de 60 milhões de dólares por ano em receitas – cerca de 10% da sua actividade total – sendo a filial com maior potencial de crescimento neste segmento.
Com o intuito de atingir os seus objectivos comerciais, a Nutresa México tem vindo a trabalhar em estreita colaboração com o Grupo Cama, especialista em maquinaria de embalagem, nos últimos dez anos. Estes anos permitiram à Nutresa verificar a fiabilidade do equipamento fornecido por este fabricante italiano. “Conhecíamos as suas máquinas, uma vez que as tínhamos testado nas nossas linhas de chocolate. Isso nos deu toda a segurança para adquirir novos equipamentos para outras linhas de produção, como a Cremino e a Muibon”, afirma Toro.
O Cremino é um praliné feito de avelãs e cacau. “O seu tamanho e textura são realmente únicos, pelo que este creme se destaca em todos os mercados graças ao seu aspecto apelativo, sabor requintado e preço competitivo”, reconhece Toro, que acrescenta: “Por sua vez, Muibon é uma bolacha recheada com creme de avelã, coberta com chocolate e amendoim”.
Com o intuito de cumprir os seus objectivos de negócio, a Nutresa México tem trabalhado em estreita colaboração com o Grupo Cama, especialista em maquinaria de embalagem, nos últimos dez anos.
Principais desafios
Em ambos os casos, os gestores da Nutresa México tiveram de enfrentar alguns desafios de fabrico para implementar estas máquinas. O primeiro foi o aumento da produtividade, “o que significa mais quilogramas de produto produzido para um determinado número de homens-hora”.
O segundo desafio consistiu em eliminar a pressão destes produtos sobre a mão-de-obra que actua nos finais de linha, muito intensiva em termos de mão-de-obra, principalmente no processo de embalagem. “Isto obrigou-nos a procurar e explorar novas alternativas às máquinas IG270 para a Cremino e IF296 para a Muibon”.
Por esta razão, decidiram dar o passo e automatizar uma das duas linhas Muibon e a única linha Cremino, em ambos os casos com grandes vantagens, de acordo com Toro: “Estas máquinas do Grupo Cama permitem- -nos embalar todas as barras de chocolate em diferentes formatos destinados a diferentes canais: grossistas de doces, supermercados e lojas de retalho só para membros Por outras palavras, “estas máquinas são soluções muito flexíveis e abrangentes que nos permitem cobrir estes três formatos”, afirma.
No entanto, durante este processo de lançamento, tiveram de ultrapassar alguns obstáculos. Segundo Toro, é fundamental sincronizar as novas máquinas com as soluções existentes implementadas na linha para termoformar os tabuleiros onde serão depositadas as barras de chocolate. Além disso, isto deveria ser feito com a maior velocidade possível, uma vez que tinham instalado quatro unidades que embalam o chocolate e alimentam as máquinas do Grupo Cama. “Felizmente, encontrámos o caminho, pelo que tudo funcionou correctamente”, reconhece Toro.
Durante o processo, contaram também com o apoio de dois técnicos do Grupo Cama durante duas semanas, que ajudaram na implementação. Ofereceram também sessões de formação para as equipas de manutenção – para que pudessem compreender os princípios de funcionamento das máquinas – e para os operadores que iriam manusear as máquinas.
O processo de funcionamento de ambas as máquinas é simples. No caso da Cremino, as equipas da Nutresa México termoformam os tabuleiros, o modelo IG270 retira esses tabuleiros de um alimentador e, através de braços robóticos, agarra os chocolates transportados em correias e coloca os pedaços nos tabuleiros. Relativamente à Muibon, a máquina IF296 é uma unidade monobloco que monta a caixa expositora que contém as bolachas, carrega as bolachas dentro da caixa e depois fecha-a com cola quente.
Benefícios das máquinas
Uma vez instaladas, ambas as máquinas proporcionaram vários benefícios à Nutresa México. “Em primeiro lugar, deve ser destacada a fiabilidade do equipamento; em seguida, a sua flexibilidade para incluir diferentes formatos; e, finalmente, este equipamento é fácil de operar e de manter”, diz o gestor. Ele também observa duas questões críticas. A primeira é sobre inocuidade e segurança alimentar; e a segunda, sobre saúde e segurança relacionadas ao trabalho.
“Queremos que o equipamento cumpra todos os regulamentos sobre riscos, contaminação e inocuidade; mas também queremos máquinas que garantam que os nossos operadores não correm qualquer risco de acidente quando o equipamento estiver em funcionamento”. Estes não são os únicos dados positivos sublinhados pelo director da Nutresa México sobre estas máquinas. A sua eficiência global, medida com o Global Efficient Equipment, passou de uma eficiência global da linha de 84% para 86%. Além disso, a instalação destas máquinas permitiu-lhes um aumento de 14% da produtividade da linha.
Isto traduz-se na produção de 300 barras de chocolate por minuto para a Muibon. Uma vez que existem duas linhas, isto significa 600 unidades por minuto na fábrica da Nutresa México.
No caso da Cremino, a capacidade de produção é de 1.080 unidades por minuto. Somados aos outros produtos de chocolate vendidos pela empresa no México, o total ultrapassa os 300 milhões de peças de chocolate por mês. “Continuamos a desenvolver o nosso negócio de chocolate em todos os países onde temos as nossas próprias unidades de produção, não só acima dos nossos concorrentes, mas também acima do crescimento dos segmentos de mercado que servimos”.
Outras aquisições em 2023
Não é de surpreender que a Nutresa México esteja a planear para o próximo ano a aquisição de mais máquinas do Grupo Cama para continuar a automatizar as suas linhas de produção de chocolate. Em particular, a linha dupla Muibon, que actualmente funciona manualmente. De facto, a empresa considera o fabricante italiano como um parceiro relevante para desenvolver e consolidar o Grupo Nutresa no México.
Além disso, Toro define a relação entre as duas empresas com duas palavras: proximidade e serviço. “A equipa executiva do Grupo Cama esteve sempre presente quando precisámos do seu apoio, a qualquer dia e a qualquer hora. Localmente, contámos com a Huapaq – a empresa associada ao Grupo Cama – que nos dá apoio e resposta imediata a todas as nossas necessidades”, afirma Toro.Ele acrescenta: “Beneficiámos de espaços em feiras locais onde o Grupo Cama participou como expositor e de pontos de contacto adicionais com a equipa de vendas do fabricante”. Por conseguinte, o gestor aprecia muito o trabalho efectuado pelo Grupo Cama e a forma como as suas máquinas podem ajudar a empresa a ser mais competitiva num mercado como o do chocolate, em que a diferenciação é crucial.
Características do IG270 e IF296
O modelo IG270 é uma unidade de carregamento automático que inclui dois robots Triaflex. Estes robots com braços em fibra de carbono são adequados para o manuseamento rápido e inteligente de produtos. Um sistema de visão inteligente permite que estes robôs separem e recolham produtos soltos numa linha de produção e os coloquem num contentor, caixa ou tapete rolante através de um padrão predefinido.
“Os robôs Triaflex implementam a tecnologia patenteada pela Cama, que permite que o IG270 seja uma das máquinas com a menor pegada no mercado. Esta máquina também oferece uma modularidade melhorada e características dinâmicas que fazem parte da nossa tecnologia Break Through Generation (BTG)”, explica Óscar Hidalgo, Director de Vendas para o mercado latino-americano do Grupo Cama Portanto, esta máquina é óptima para produtos embalados e não embalados, permitindo uma mudança de formato muito rápida.
Por fim, a máquina permite monitorizar e controlar o consumo energético e pneumático através de uma interface de utilizador – dados como a humidade, a vibração e a temperatura podem ser verificados em tempo real – e, em alguns casos, pode replicar o desempenho do processo, ou seja, “ver o que está a acontecer na máquina em tempo real”, acrescenta Hidalgo.
Por outro lado, a IF296 é uma máquina monobloco de alta velocidade que integra unidades robotizadas para montar, carregar e embrulhar caixas, bem como para manusear produtos embrulhados em embalagens flowpack. Esta máquina garante um manuseamento suave do produto, possui peças de troca de formato para uma libertação rápida e uma pegada reduzida.
